segunda-feira, 22 de abril de 2013

Novo Papa é Argentino e Quer ser Chamado de Francisco!
O papa Francisco aparece no balcão central da Basílica de São Pedro pela primeira vez como Sumo Pontífice Foto: AP

Arcebispo de Buenos Aires foi eleito no segundo dia do Conclave após 5 votações; Francisco é o primeiro Papa americano.
O novo papa da Igreja Católica é o argentino Jorge Mario Bergoglio, 76 anos. Francisco, como ele escolheu ser chamado, apareceu no balcão central da Basílica de São Pedro e, falando em italiano, se dirigiu aos fiéis reunidos na Praça São Pedro. Vestido inteiramente de branco, ele apareceu cerca de 1h20 depois da fumaça branca que anunciou sua escolha.
 "Irmãs e irmãos, boa noite. O caminho da Igreja da Roma é o caminho de fraternidade e do amor", foram as primeiras palavras de Bergoglio como papa (leia a íntegra). "Vocês sabem que o dever do Conclave é dar um bispo à Roma, e parece que meu irmãos cardeais foram buscar no fim do mundo", disse na sequência, em referência a seu país. 
O anúncio do nome do novo papa foi feito pelo cardeal protodiácono francês Jean-Louis Tauran às 20h14 (16h14). Do balcão da basílica, ele proferiu a tradicional frase Habemus Papam, anunciando na sequência o novo líder da Igreja Católica.
Francisco, alcunha que homenageia São Francisco de Assis - o santo dos pobres - e nunca tinha sido usada, é o primeiro papa sul-americano. Após suas primeiras palavras, ele  pediu uma oração em nome do Papa Emérito Bento XVI e conduziu o "Pai Nosso", reproduzido em coro pela multidão de fiéis.
Ele também pediu que os fiéis "sigam um caminho de fraternidade, de amor" e de "evangelização" e pediu à multidão um minuto de silêncio: "Rezem por mim e deem-me a vossa bênção". Em seguida, proferiu a bênção Urbi et Orbi (da cidade para o mundo), encerrando, assim, o protocolo oficial do Conclave papal. 
Jorge Bergoglio, 76 anos, tem origem jesuíta e ficou conhecido por haver sido responsável na América Latina pela redação do documento sobre o segredo de Aparecida. Figura controvertida no cenário argentino, ele se destaca por sua forte personalidade e pelo afrontamento declarado à atual força política do país, o Kirchnerismo.
Após quatro votações inconclusivas em pouco menos de 24 horas, a fumaça branca apareceu às 19h05 (15h05, de Brasília) desta quarta-feira ao fim do quinto escrutínio, para a alegria e emoção da multidão reunida. 
Entre a fumaça e o anúncio do nome do eleito, o público celebrou e entoou coros de "viva, o Papa". A multidão também reagiu intensamente quando uma banda executou o hino italiano dentro das dependências da praça. 



sexta-feira, 1 de março de 2013

Maria Mãe da Igreja


A Igreja sempre venerou Maria como sua mãe. Mesmo porque há uma razão lógica: ela é a Mãe de Jesus, cabeça da Igreja e a Igreja é o corpo místico de Cristo, princípio e primogênito de todas as criaturas celestes e terrestres (Ef 1,18). Por isso mesmo, Maria é a mãe de todos os que nasceram pelo Cristo, tornaram-se irmão de Cristo e em Cristo, e são herdeiros de sua graça, sua vida e sua glória.
Foi, porém, em pleno Concílio Ecumênico Vaticano II, no dia 21 de novembro de 1964, que o Papa Paulo VI deu solenemente a Maria o título de "Mãe da Igreja". Os Bispos do mundo inteiro acabavam de assinar a Constituição Dogmática Lumen Gentium, sobre a Igreja, e o Papa acabara de promulgar, em sessão pública, o novo documento, que implantaria os rumos futuros da eclesiologia e da prática pastoral. Diferentemente do que se pensara na fase preparatória do Concílio, os Padres Conciliares não fizeram um documento especial sobre o papel de Maria na história da salvação, mas inseriram a doutrina mariana, a pessoa de Maria e sua função como co-redentora, no próprio documento sobre a Igreja, ressaltando a Mãe de Jesus como membro, tipo e modelo da Igreja.

Maria é vista conexa ao mistério trinitário, em sua dimensão cristológica, pneumatológica (Espírito Santo) e eclesiológica. Logo no início do capítulo VIII da Lumen Gentium, intitulado "A Bem-Aventurada Virgem Maria Mãe de Deus no mistério de Cristo e da Igreja", marca-se toda a linha de doutrina: "A Virgem Maria, que na Anunciação do Anjo recebeu o Verbo de Deus no coração e no corpo e trouxe ao mundo a Vida, é reconhecida e honrada como verdadeira Mãe de Deus e do Redentor. Em vista dos méritos de seu Filho, foi redimida de um modo mais sublime e unida a ele por um vínculo estreito e indissolúvel, é dotada com a missão sublime e a dignidade de ser a Mãe do Filho de Deus, e por isso filha predileta do Pai e sacrário do Espírito Santo. Por esse dom de graça exímia supera de muito todas as outras criaturas celestes e terrestres. Mas, ao mesmo tempo, está unida, na estirpe de Adão, com todos os homens a serem salvos. Mais ainda: é verdadeiramente a mãe dos membros (de Cristo), porque cooperou pela caridade para que, na Igreja, nascessem os fiéis que são membros desta Cabeça. Por causa disso, é saudada também como membro supereminente e de todo singular da Igreja, como seu tipo e modelo excelente na fé e caridade. E a Igreja Católica, instruída pelo Espírito Santo, honra-a com afeto de piedade filial como mãe amantíssima" (n. 53). Este parágrafo contém os pontos desenvolvidos nessa parte do documento.

Reconheceu o Papa Paulo VI naquele discurso de encerramento da terceira sessão do Concílio que era a primeira vez que um Concílio Ecumênico apresentava síntese tão vasta da doutrina católica acerca do lugar que Maria Santíssima ocupa no mistério de Cristo e da Igreja. E, emocionado, afirmou que queria consagrar à Virgem Mãe um título que sintetizasse o lugar privilegiado de Maria na Igreja. E declarou: "Para a glória da Virgem e para o nosso conforto, proclamamos Maria Santíssima Mãe da Igreja, isto é, de todo o povo de Deus, tanto dos fiéis quanto dos pastores, que a chamam de Mãe amorosíssima. E queremos que, com este título suavíssimo, seja a Virgem doravante ainda mais honrada e invocada por todo o povo cristão". Alguns anos mais tarde, no dia 15 de março de 1980, o título foi acrescentado à Ladainha lauretana, logo depois da invocação "Mãe de Jesus Cristo".

No mesmo solene discurso, Paulo VI lembrou que o título não era novo para a piedade dos cristãos, porque desde os primórdios do Cristianismo Maria foi amada como mãe e o povo sempre recorreu a ela como um filho recorre à mãe. E argumentou: "Efetivamente, assim como a maternidade divina é o fundamento da especial relação de Maria com Cristo e da sua presença na economia da salvação, operada por Cristo Jesus, assim também constitui essa maternidade o fundamento principal das relações de Maria com a Igreja, sendo ela Mãe daquele que, desde o primeiro instante de sua encarnação, uniu a si, como cabeça, o seu corpo místico, que é a Igreja".

Cito mais um trecho do discurso do Papa em que fala de Maria, imaculada, sim, mas ligada a nós pecadores por laços estreitíssimos: "Embora na riqueza das admiráveis prerrogativas, com que Deus a ornou para fazê-la digna Mãe do Verbo Encarnado, está ela pertíssimo de nós. Filha de Adão como nós e por isso nossa irmã por laços de natureza, ela é a criatura preservada do pecado original em vista dos méritos do Salvador; aos privilégios obtidos, junta a virtude pessoal de uma fé total e exemplar... Nela, toda a Igreja, na sua incomparável variedade de vida e de obras, acha a forma mais autêntica da perfeita imitação de Cristo".

Ninguém, que chega à Praça São Pedro, em Roma, deixa de se impressionar com a imensa colunata de Bernini, construída em mármore e pedra, como um grande, afetuoso e festivo abraço de acolhimento aos peregrinos. Por cima da colunata, 140 estátuas de tamanho natural, de santos e santas nascidos nas mais diferentes camadas sociais, representam visivelmente a comunhão dos santos, que não é coisa do passado ou apenas do céu, mas a família viva que se une aos cristãos que entram na Basílica. Ora, Nossa Senhora não figura entre os santos da colunata.

O Papa João Paulo II, em 1981, mandou colocar na parte externa e alta da Secretaria de Estado, que olha para a Praça de São Pedro, a imagem de Maria Mãe da Igreja. Todos a vêem de qualquer ponto da Praça. Trata-se de uma cópia feita em mosaico da conhecida como Nossa Senhora da Coluna. Assim chamada, porque seu original estava pintado numa coluna de mármore da primitiva basílica de São Pedro. Quando essa foi destruída, em 1607, para dar lugar à grande Basílica como a temos hoje, a parte da coluna com a imagem foi posta, na nova igreja, sobre o altar que abriga as relíquias de três papas, os três com o nome de Leão (II, III e IV), onde está até hoje. Dessa pintura, de autor anônimo, foi feito o mosaico que agora domina discretamente a Praça. Vestida de azul celeste, Maria tem nos braços, em gesto de oferecimento ao povo, o Menino que, sorridente, abençoa com a mão direita, à moda grega. Ambos, Mãe e Filho, olham para longe, como que contemplando a Praça, a Cidade e o mundo, derramando sobre todos um olhar de inefável bondade, trazendo à memória a parte final da Lumen Gentium, onde Maria é considerada sinal de segura esperança e de conforto ao povo de Deus em peregrinação (n. 68).
Sob a imagem, em grandes letras de bronze, legíveis da Praça, está escrito: "Mater Ecclesiæ" (Mãe da Igreja).

Paulo VI, que dera a Maria o título oficial de "Mãe da Igreja", desenvolveu o tema na Exortação Apostólica sobre o Culto à Virgem Maria, um dos documentos mais bonitos de seu pontificado. O Papa apresenta, através das festas marianas do calendário litúrgico, Maria como modelo da Igreja, e pede que suas considerações de ordem bíblica, litúrgica, ecumênica e antropológica sejam levadas em conta na orientação da piedade popular e na elaboração das novas orações marianas (n. 29). O Papa fala de Maria como modelo de quem sabe ouvir e acolher a Palavra de Deus com fé. Esta é uma missão específica da Igreja: escutar, acolher, proclamar, venerar e distribuir a Palavra de Deus como pão de vida (n. 17). Fala de Maria como modelo de pessoa orante e intercessora. Ora, a Igreja todos os dias apresenta ao Pai as necessidades de seus filhos, louva sem cessar o Senhor e intercede pela salvação do mundo (n. 18). Fala de Maria Virgem e Mãe, modelo da fecundidade da virgem-Igreja, que se torna mãe, porque, pelo batismo, gera os filhos concebidos pela ação do Espírito Santo (n. 19). Fala de Maria, que oferece ao Pai o Verbo encarnado, sobretudo aos pés da Cruz, onde ela se associou como mãe ao sacrifício redentor do filho. Diariamente a Igreja oferece o sacrifício eucarístico, memorial da morte e ressurreição de Jesus (n. 20).

Quando falamos de Maria como modelo, há o perigo de vê-la longínqua, ou ao menos fora de nós, como vemos os nossos heróis. Na verdade, Maria é parte essencial da Igreja. Podemos dizer que a Igreja está dentro de Maria e Maria está dentro da Igreja. Essa verdade foi acentuada, sobretudo, pelo Papa João Paulo II na encíclica Redemptoris Mater, que leva o sugestivo título: A Bem-aventurada Virgem Maria na vida da Igreja que está a caminho: "Existe uma correspondência singular entre o momento da Encarnação do Verbo e o momento do nascimento da Igreja. E a pessoa que une esses dois momentos é Maria: Maria em Nazaré e Maria no Cenáculo de Jerusalém" (n. 24). Depois de acentuar Maria no centro da vida da Igreja, conclui o Papa: "A Virgem Maria está constantemente presente na caminhada de fé do Povo de Deus" (n. 35). "A Igreja mantém em toda a sua vida, uma ligação com a Mãe de Deus que abraça, no mistério salvífico, o passado, o presente e o futuro; e venera-a como Mãe da humanidade"

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Entenda os principais pontos sobre a renúncia do papa


A renúncia do Papa Bento XVI, de 85 anos – que será oficializada amanhã (28) – provocou uma série de perguntas. As mais frequentes se referem ao futuro do papa, como ele se chamará, como irá vestir e onde irá morar. Pelas indicações do próprio Bento XVI e entrevistas do porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, há respostas para essas questões. Joseph Ratzinger será chamado de papa emérito, vestirá roupas simples na cor branca e irá morar em um mosteiro, no Vaticano, ficando isolado do mundo em oração.Veja abaixo as respostas das principais dúvidas:

>> Qual é o nome que Joseph Ratzinger adotará após o dia 28 de fevereiro de 2013?
Após a renúncia amanhã (28), ele vai receber o título de Sua Santidade Bento XVI, papa emérito, ou Sua Santidade Bento XVI, pontífice romano emérito. A decisão foi anunciada pelo porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.
>> Que roupas e sapatos Bento XVI passará a usar, depois de deixar o pontificado?
Ele usará vestes na cor branca: a túnica tradicional dos religiosos, mais simples e sem manto. Os sapatos vermelhos, usados pelos papas, serão substituídos por marrons.
>> O que ocorrerá com o anel usado pelo papa no dedo anular da mão direita?
Um dos símbolos do papa, o anel do pescador, será destruído. O anel do pescador é dado ao papa quando ele é coroado. O anel, de ouro, tem o nome do papa e, em alto relevo, o apóstolo Pedro pescando sobre uma barca. Quando o papa morre, o anel é retirado na presença do Colégio dos Cardeais e, em seguida, é quebrado, simbolizando o fim do pontificado.
>> Onde Joseph Ratzinger passará a morar, após a renúncia?
Ratzinger passará a viver, inicialmente, nos próximos dois meses, em Castel Gandolfo, que é a residência de verão dos papas. Em seguida, ele vai morar no Mosteiro Mater Ecclesia, na região do Vaticano.
>> O que ocorrerá com os documentos elaborados nos oito anos de Bento XVI como papa?
Alguns documentos, considerados pessoais, serão levados por ele para a nova residência. Outros irão para os arquivos do Vaticano. Não foram esclarecidos quais documentos serão remetidos aos arquivos do Vaticano.
>> Como será o futuro de Joseph Ratzinger após a renúncia?
Dias depois de anunciar a decisão de renunciar, ele disse que pretende “se retirar completamente da vida pública” e permanecerá  “escondido do mundo”, mas “em oração”. "Mesmo que eu esteja me retirando em oração, sempre estarei perto de todos vocês, mesmo que permaneça escondido do mundo", disse na ocasião

Multidão se emociona com despedida do papa Bento XVI


O papa Bento XVI apareceu para o público pela última vez, no Papamóvel, por volta das 10h40 locais (6h40 de Brasília). Durante o trajeto que durou cerca de 15 minutos, ele foi ovacionado com gritos de "Bento! Bento!" e "Viva o Papa!".
O Vaticano distribuiu 50 mil entradas para a audiência, mas havia cerca de 100 mil pessoas na Praça São Pedro para acompanhar o papa um dia antes de sua renúncia.
Vários grupos de pessoas, entre religiosos, seminaristas e estudantes, com bandeiras de seus países, estavam na praça. Sob sol e com severas medidas de segurança, jovens voluntários, a maioria do movimento Opus Dei, organizavam a entrada na praça. Depois da cerimônia, acontecerá uma breve audiência na Sala Clementina com algumas personalidades para o tradicional cumprimento ao papa.
Desde cedo, a área que dá acesso à Praça São Pedro já estava preparada com um esquema especial para grandes eventos. O fluxo de pessoas, contudo, não se equipara com aquele de 1º de maio de 2011, quando João Paulo II foi beatificado.
No centro da praça e nas ruas em torno do Vaticano, milhares de pessoas agitavam bandeiras de países do mundo inteiro e faixas com mensagens de carinho para o Pontífice.  O sentimento, entre esses fiéis, é, geralmente, de gratidão em relação a Bento XVI.
“Estar aqui é importante pelo reconhecimento do trabalho do Papa”, diz a Irmã Patrícia, que, enrolada numa bandeira brasileira, chegou aos arredores da Praça São Pedro às 5h30 da manhã e garantiu um lugar na primeira fila. “Vim agradecer o que ele prometeu desde o primeiro dia: ser um servo do senhor”,  completou, enquanto tomava o café da manhã trazido de casa.
A catarinense Neusa Zanette – outra que estava enrolada na bandeira brasileira, embora um pouco mais agitada, de pé em cima da cadeira – também veio agradecer ao Papa pelos quase oito anos de Pontificado. Apesar de dizer “que tem coisa muito grossa acontecendo na Igreja”, em uma referencia aos escândalos sexuais envolvendo religiosos, ela acredita que, assim como Jesus Cristo, Bento XVI está tomando “uma decisão para salvar os católicos”.
Frei Nilton Leandro, de Belém do Pará, estava na Terra Santa em retiro. Já havia combinado de vir a Roma mesmo antes da renuncia. "Por coincidência, por providência, estamos aqui", disse.
P. Wiremberg Silva, da Paroquia São José Umarizal, também de Belém disse estar vivendo algo extraordinário. "Evento histórico dentro da vida eclesiástica", disse.
Menos apaixonado em suas afirmações, os padres Mario e Giovanni vieram de Verona, norte da Itália, especialmente para ver a última audiência papal. Mesmo garantindo que o Pontífice mostrou “seu amor à Igreja” e teve coragem em fazer frente “às críticas e calúnias”, ambos esperam uma mudança na mentalidade dos dirigentes católicos com a saída de Bento XVI.
“O Papa soube dizer a verdade, quando falou que é preciso limpar o lixo que tem dentro da Igreja”, afirma Giovanni, prontamente apoiado por Mario. No entanto, os dois gostariam que o próximo papa fosse mais próximo dos fiéis.
“Às vezes, o aparato da Igreja frente aos pobres é um escândalo. Temos a impressão de que o Vaticano é uma corte, com todos esses ornamentos”, acusa o padre Giovanni, que por 23 anos viveu no Uruguai e é um entusiasta da Teologia da Libertação, a qual, segundo ele, “nunca foi entendida em Roma”.
Após deixar o Pontificado, o papa Bento XVI irá para a residência de verão dos pontífices, em Castel Gandolfo, nos arredores de Roma. Ele deve ficar no local até seu apartamento, em um antigo mosteiro dentro do Vaticano, ficar pronto. Segundo ele, o resto de seus dias será dedicado à oração.

"Deus não deixará que a Igreja afunde", afirma Bento XVI


Durante seu último pronunciamento ao público antes da renúncia, o papa Bento XVI, de 85 anos, mencionou, nesta quarta-feira (27) "as águas agitadas" que marcaram os oito anos de seu pontificado e advertiu que "Deus não deixará que a Igreja afunde", diante de mais de 100 mil pessoas na Praça de São Pedro.
"Estou realmente emocionado e vejo uma Igreja viva", disse o papa, sendo ovacionado pela multidão. "O Senhor nos deu muitos dias de sol e ligeira brisa, dias nos quais a pesca foi abundante, mas também momentos nos quais as águas estiveram muito agitadas e o vento contrário, como em toda a história da Igreja e o Senhor." 
Ele voltou a afirmar que sua renúncia, anunciada em 11 de fevereiro, foi decidida "não para seu bem, mas para o bem da Igreja", e reiterou que sabe "da gravidade e da novidade" da decisão que tomou. "Amar a Igreja significa também ter a valentia de tomar decisões difíceis, tendo sempre presente o bem da Igreja, e não o de si próprio", disse, sendo aplaudido, inclusive de pé, por cardeais e bispos, além do público. “Ter coragem de fazer escolhas difíceis é ter sempre dentro de si o bem da Igreja”, acrescentou. 
Bento XVI, justificou a decisão de renunciar, alegando que suas “forças tinham diminuído”, nos últimos meses. Também disse que um papa nunca “está sozinho” e agradeceu a cada um que o apoiou, nos oito anos de pontificado. Segundo Bento XVI, sua atitude foi consciente e baseada na coragem de tomar “decisões difíceis”.  Vai abandonar a Cruz" e que, pela oração, vai continuar a serviço da Igreja. "Minha decisão de renunciar ao ministério petrino não revoga a decisão que tomei em 19 de abril de 2006 (ao ser eleito Papa)", disse. "Não abandono a cruz, sigo de uma nova maneira com o Senhor Crucificado, sigo a seu serviço no recinto de São Pedro", completou.
Bento XVI também pediu que os fiéis orem pelos cardeais que, após a renúncia, terão de eleger seu sucessor, em uma tarefa que ele considera difícil. "Orem pelo meu sucessor! Que Deus os acompanhe",disse o papa.
Ao mencionar as atribuições do pontificado, Bento XVI destacou que a Igreja Católica Apostólica Romana não está representada apenas em uma pessoa, no papa, mas pertence a Deus. “Sempre soube que o barco da Igreja não é meu, não é nosso, é Dele [de Deus]”, disse.
O papa lembrou que, quando foi eleito, em 19 de abril de 2005, sentiu “um peso sobre os ombros”, mas pediu luz a Deus. “Aceitei e sempre tive a certeza de que Ele me acompanhou. [Na ocasião], disse: 'Senhor, por que me pedes isso? É um peso grande sobre os meus ombros, aceitarei apesar de todas as minha fraquezas'”, disse Bento XVI, na celebração.
Ao analisar a vida no pontificado, Bento XVI disse que um papa nunca está sozinho. “O papa pertence a todos”, ressaltou. “Um papa não está sozinho no barco de Pedro, mesmo que seja sua primeira responsabilidade. Eu nunca me senti sozinho.” 
Bento XVI lembrou que um cardeal, ao ser escolhido papa, perde sua privacidade e disse que, ao renunciar, ele não voltará à vida que mantinha antes do pontificado. “Quando se está empenhado é para sempre o Ministério Petrino [o pontificado]. Quem assume o Ministério Petrino perde a privacidade”, disse. “Recebe-se a vida quando perde-se a vida.”
Cerimônia
A cerimônia da renúncia segue nesta quinta-feira, quando Bento XVI deixará o Palácio Pontifício do Vaticano às 16h55 de Roma (12h55 de Brasília) do dia 28. Acompanhado do Secretário de Estado, o cardeal Bertone, ele irá ao heliporto do Vaticano, de onde viajará de helicóptero até Castelgandolfo, 30 km ao sul de Roma.
No heliporto da Vila Pontifícia, Bento XVI será recebido pelas autoridades civis e religiosas locais e, por volta das 17h30 locais (13h30 de Brasília), irá ao pórtico da residência de verão dos pontífices para saudar os fiéis daquela diocese.
Este será o último ato público do Papa, e oúnico sinal visível que anunciará que Bento XVI já não é mais papa será dado às 20h locais, quando a Guarda Suíça que presta guarda na porta do palácio de Castelgandolfo concluirá seu serviço e deixará o local. A partir desse momento, a Guarda Suíça deixará de prestar serviço a Ratzinger (que adotará o título “Papa emérito”), cuja segurança continuará garantida pela Gendarmaria Vaticana.
Findo o processo da renúncia, começa o da sucessão. No dia 1º de março, já em plena Sé Vacante - o período entre o falecimento ou renúncia de um papa até que seja eleito o sucessor -, o decano do Colégio Cardinalício, o cardeal Angelo Sodano, convocará os cardeais às reuniões preparatórias do Conclave, cuja data será decidida nos próximos dias. Visto que o dia 1º é sexta-feira, o mais provável é que a primeira congregação de cardeais aconteça no dia 4, na semana seguinte.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Papa, em seu último Ângelus, diz que segue vontade de Deus


O pontífice de 85 anos, em discurso perante dezenas de milhares em uma lotada praça de São Pedro, afirmou que continuará a servir à Igreja e a amá-la, rezando e meditando após a histórica renúncia na quinta-feira, a primeira em quase 600 anos .
Segundo Bento 16, que justificou a renúncia afirmando não ter mais a força mental e física para liderar os 1,2 bilhão de católicos do mundo, Deus o chamou para "escalar a montanha". Após afastar-se do cargo, ele ficará recluso em um monastério que está sendo renovado para ele em uma área atrás dos muros antigos da Cidade do Vaticano.
Mas apesar de ultimamente ele ter a aparência cansada e frágil, a multidão que enchia a praça pareceu energizá-lo, e ele expressou-se como uma voz clara e forte, repetidamente agradecendo os fiéis por seu afeto enquanto eles o interrompiam repetidas vezes com aplausos e vivas. Segundo a polícia, havia cerca de 100 mil pessoas no local.
"(A renúncia) não significa abandonar a igreja", disse. "Pelo contrário, se Deus me pede é porque posso continuar servindo (a igreja) com a mesma dedicação e amor que tenho tentado ter até agora, mas de uma forma mais compatível à minha idade e à minha força."

Bento XVI se despede dos fiéis durante o último Ângelus de seu pontificado


"Queridos irmãos e irmãs, obrigado pelo vosso afeto". Com estas palavras o papa Bento XVI saudou os milhares de fiéis que foram à Praça de São Pedro ouvir o último Ângelus do seu pontificado. 
"A oração não significa isolar-se do mundo e de duas contradições. A oração conduz ao caminho, à ação, porque sem oração todo o compromisso do apostolado se reduz ao ativismo", prosseguiu o papa.
Bento XVI fez o último Ângelus de seu pontificado
Bento XVI fez o último Ângelus de seu pontificado
"Neste momento de minha vida, o Senhor me chama para subir a colina, a dedicar-me mais à oração e à meditação. Mas isto não significa abandonar a Igreja. Se Deus me pede exatamente isso é para que possa continuar servindo a Igreja com a mesma dedicação e o mesmo amor com que o fiz até agora, mas de uma maneira mais adequada às minhas forças", acrescentou.
Os fiéis aplaudiram duas vezes as palavras de Bento XVI durante o Ângelus, um fato raro, mas uma circunstância muito significativa de apelo pelo papa teólogo que deixará o pontificado no dia 28.
"A Transfiguração também é um signo de luz que nos inunda e transforma quando rezamos com sinceridade", lembrou o papa. "Na Quaresma aprendemos a dar o tempo certo para a oração, pessoal e comunitária, que dá vida à nossa vida espiritual". 
Bento XVI também agradeceu pelo sol que apareceu em Roma, pois até o início da cerimônia o tempo era instável. Depois, em vários idiomas, o papa se despediu dos fiéis que lotaram a praça.


terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Datas dos Movimentos da Capela


Dia da Semana
Hora
Movimento na Igreja
Domingo
19:00 HS
Celebração da Palavra
Terça-Feira
19:00 Hs
Grupo de Oração
Quarta-Feira
19:00 Hs
Terço dos Homens
Quinta-Feira
19:00 Hs
Adoração ao Santíssimo
Sábado
19:00 Hs
Terço das Mulheres



Outras datas que só ocorrem Mensalmente
1ª Sexta-Feira

Local

19:00 Hs
Igreja da Capela
Missa de Visita à Comunidade (missa do Dízimo)
3ª Sexta-Feira
19:00 Hs
Centro de Formação da Capela
Reunião da Pastoral do Dízimo
Outros Movimentos das Pastorais.
Segunda-Feira
18:30 Hs
Centro de Formação da Capela
Curso da Crisma (Cecília e Jediana)
Sábado
09:00 Hs
Centro de Formação da Capela
Catecismos da 1ª Eucaristia (Cleano e Maria do Carmo)
Sábado
16:00 Hs
Centro de Formação da Capela
Catecismo da 1ª Eucaristia (Clemir)
4º Domingos Bimestrais
09:00 Hs
Igreja da Capela
Celebração das Crianças
4º Sábados Bimestrais
14:00 Hs
Centro de Formação da Capela
Retiro para os Jovens da Crisma

Leitores das Missas Mensais


Mês de Fevereiro

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Silvana
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Alice
Salmista
Coral da Noite
Preces
Germana
Coleteiros
Socorro e Duda
Ministro
Edmilson
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Renovados em Cristo

Mês de Março

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Jediana
1ªLeitura
Alane
Salmista
Coral da Noite
Preces
Maria do Carmo
Coleteiros
Rosa e Rosália
Ministro
Teresinha
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Pequenos Adoradores
Mês de Abril
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Clemir
1ªLeitura
Maria Alves
Salmista
Coral da Noite
Preces
Tainara
Coleteiros
João e Zé Gabriel
Ministro
Clemir
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Coral Oficial da Capela

Mês de Maio

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Silvana
Salmista
Coral da Noite
Preces
Cecília
Coleteiros
Tereza e Lourdes
Ministro
Edmilson
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Renovados em Cristo



Mês de Junho

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Rosa Marques
Salmista
Coral da Noite
Preces
Priscila
Coleteiros
Maria do Carmo(deda) e Socorro
Ministro
Teresinha
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Mês de Agosto

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Silvana
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Alice
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Coral da Noite
Preces
Germana
Coleteiros
Socorro e Duda
Coroinhas
Juracir, Juliana, Tainara e Gustavo.
Ministro
Edmilson
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Mês de Setembro

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Alane
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Preces
Maria do Carmo
Coleteiros
Rosa e Rosália
Coroinhas
Rodrigo, Beatriz, Sabrina e Dário.
Ministro
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Mês de Outubro
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Maria Alves
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Coral da Noite
Preces
Tainara
Coleteiros
João e Zé Gabriel
Coroinhas
Darliane, Hugo, Werlesson e Thamires
Ministro
Clemir
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Coral Oficial da Capela

Mês de Novembro

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1ªLeitura
Silvana
Salmista
Coral da Noite
Preces
Cecília
Coleteiros
Tereza e Lourdes
Coroinhas
Juracir, Juliana, Tainara e Gustavo.
Ministro
Edmilson
Animação
Renovados em Cristo


Mês de Dezembro

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Ana Alice
1ª Leitura
Rosa Marques
Salmista
Coral da Noite
Preces
Priscila
Coleteiros
Socorro e Duda 
Coroinhas
Juracir, Juliana, Tainara e Gustavo.
Ministro
Teresinha
Animação
Pequenos Adoradores